As últimas semanas foram uma roda viva para o meu boneco.
Fez campanha eleitoral com a "
mumy"; iniciou as suas actividades escolares com música, ginástica, ciências, inglês e informática; foi às festas da
terrinha - comeu
farturas e deliciou-se com os carrocéis; está crescido e forte, sempre de resposta pronta e de pergunta na ponta da língua.
Imita-nos na perfeição, ontem por exemplo disse-lhe: "Alexandre vai ter com o pai."
Ao que ele retorquiu: "Tens de pedir como deve ser." - tal e qual o que eu lhe digo, sempre que não usa as palavras mágicas, claro que fui obrigada a fazê-lo: "Alexandre vai ter com o pai, se faz favor."
Ainda não totalmente contente, reforçou da mesma forma, tal e qual a mãe: "Agora pede com jeitinho."
Lá tive de lhe fazer o favor, tentado controlar o riso para que ele não percebesse que tinha tocado no ponto chave das grandes lamurias que lhe costumo fazer, envolvidas decerto por alguma gravidade no semblante: "Alexandre, podes ir ter com o pai, se faz favor", num tom doce e melodioso, como ele tão bem sabe fazer sempre que leva um
raspanete por não falar "como deve ser" com os progenitores.
Já está crescido e não é nenhum
bebé, apenas se acobarda ainda quando à hora de dormir diz que não precisa de luz que isso é coisa de criança, mas acaba por pedir, que o medo ainda é mais forte que a vontade de crescer.