segunda-feira, 21 de março de 2011

A Primeira Construção a Sério

Sexta feira enquanto terminavamos um longo jantar, o Alexandre já despachado foi brincar com os legos, um dos brinquedos favoritos e saiu isto:





Pela primeira vez fez sozinho uma construção que se percebeu, não uma arma imaginária nem uma máquina voadora, mas uma casa.
Uma casa com uma árvore e um banco (ou mesa).
Um artista criativo este meu puto!

sábado, 19 de março de 2011

Dia do Pai


"Gosto muito de ti porque ajudas-me a tomar banho"

quinta-feira, 17 de março de 2011

Frase de Engate





Na passada Sexta Feira fomos a casa de uns amigos para um aniversário, o Alexandre teve por companhia uma bonita menina da mesma idade, a Ritinha.
Muito brincaram e pularam os dois, creio mesmo que houve adultos que se sentiram preteridos nos afectos trocados entre os dois pequenos.
No meio da brincadeira, salta daqui, faz casinha dali, apanha a bola acolá, estavam os dois a brincar no sofá quando o Alexandre olha a Ritinha nos olhos e lhe diz:

- "Ritinha, não é melhor tirares os sapatinhos."

E as raparigas de hoje são muito mais desinibidas do que antigamente e mesmo aos 4 anos já compreendem que os homens, em algumas ocasiões são bastante sábios, talvez por isso a Ritinha não se tenha questionado sobre as reais intenções do seu pequeno companheiro, e sem medos ficaram ambos descalços enquanto pulavam e bricanvam até às 3 da manhã, como uns verdadeiros guerreiros contra o sono.
A Ritinha não sei, mas o meu engatatão quando chegou a casa, ressonava no colo do pai.

terça-feira, 15 de março de 2011

Gorda

Estavamos todos à mesa, e eu brincava com o meu marido, já nem me lembro sobre que tema, mas acabei dizendo:
- "Sim, eu já sei, estou gorda!"

O miudo olha para mim e diz-me,

- "Mamã, tu não és gorda, o papá tem a barriga assim (e afasta a sua própria mão da barriga, como quem diz que o papá tem uma barriga grande), mas tu tens a barriga assim (e fecha o punho, como quem diz a tua barriga é inexistente) por isso tu não és gorda, és linda e o papá também."

Sempre na senda do sucesso :)

quarta-feira, 9 de março de 2011





É impressionante como uma criança de 4 anos pode ser sensível e atenta.
O meu avô, embora tenha conseguido vencer o cancro que o atacou há 2 anos, não tem sido tão bem sucedido em reanimar-se, anda deprimido e frágil, muito frágil. Arrasta os pés, tropeça e cai com muita frequência, aborrece-se com tudo e todos, pouco fala e nada o distrai.
Nem o facto de estarmos todos juntos no fim de semana o parece animar, o que aconteceu esta semana. Estivemos todos em família no Sábado e no Domingo, mas como a minha mãe ia trabalhar na Segunda, voltámos cada um para sua casa.
No carro, quando já vinhamos de caminho pergunta o Alexandre: “Babá, se tu vais trabalhar o vôvô vai ficar sozinho em casa.”
Como sabia que íamos passar os dois dias seguintes em casa achou que era óbvia a pergunta seguinte: “Vôvô, queres vir ficar a minha casa?”
Adoro a rapidez de raciocínio e a forma como o coração dele é GRANDE.

terça-feira, 1 de março de 2011

A primeira viagem à neve




Fomos pela primeira vez à neve com o Xani.
Passou o fim de semana numa excitação extrema, de tal modo que nos contagiava a nós, e todas as noites lá fomos dormir ás 10 da noite, não sei se por solidariedade ou se de facto por necessidade.
Adorou o facto de ter ido dormir num hotel, embora já tivesse acontecido anteriormente acho que é sempre uma grande aventura.
Sentiu o frio no rosto como nunca antes tinha sentido, tocou na neve e achou-a dura e gelada, sentou-se no trenó e deslizou como gente grande, sem medos.
Atirou bolas de neve e farrapos em guerra aberta aos pais, e sorriu e gargalhou como uma criança deve fazê-lo, sempre sem medos e com a certeza de ter por perto uma mão firme para o apoiar, o ajudar a levantar se cair e proteger das agruras da vida.

Ao mesmo tempo que o meu filho vivia a sua vida, sendo feliz como uma criança deve ser eu lia no jornal que há crianças para quem o SOL não brilha, e ao ler senti um nó na garganta e a impotência de quem nada faz para mitigar noutras crianças a dor da doença, do abandono e ainda da total falta de empatia ou solidariedade de quem os devia, senão amar e proteger, pelo menos cuidar.