sexta-feira, 22 de maio de 2009

Palmadinhas de amor


De vez em quando agarra-se muito a mim, quer colo, quer mimo, quer atenção, quer brincadeira, quer-me perto dele e só para ele, o meu rapazinho.
Se lhe digo que ele é mau porque fez asneira, nem se preocupa, agora se lhe digo que é feio, reclama, diz que não que até pode ser mau mas que nunca será feio, porque é lindo, pelo menos é o que lhe ando a dizer desde que ele nasceu, e ele sabe que mãe que é mãe não mente.
Nos últimos dias tem andado a experimentar, a testar, a medir forças para ver quem quebra ou dobra, se ele, se nós. O meu coração fica apertadinho de cada vez que ele chora porque eu lhe falei de uma forma mais dura, ou porque o contrariei e lhe disse não - palavra que ele não gosta de ouvir, mas que utiliza sem grande parcimónia, ou porque ficou de castigo, mas tento que ele não perceba o efeito que tem em mim aquela carinha chorona, porque há que fazer o mea culpa em termos de manipulação é igualzinho à mãe, sabe exactamente que cordelinhos mexer.
Todavia não posso permitir que ele me contrarie ou que me faça cenas como as que fez no dia em que me mordeu, ele tem de perceber perfeitamente quem manda e obedecer, ainda que não perceba muito bem porquê. Eu juro que tento, explico-lhe sempre porque está de castigo, o que fez de errado e o que fazer (ou não) para não ter de passar pelo mesmo processo: vai para o quarto, senta-se no banquinho e fica lá a pensar no que acabou de fazer - um castigo bastante suportável até - depois diz-me que já acalmou e lá vou eu tentar chamá-lo à razão, mas ele é ainda muito pequenino para perceber sem margem para dúvidas onde é que errou, mas diz sempre que não volta a fazer.
A questão das palmadas, dos pontapés e das dentadas é naturalmente uma preocupação minha, não quero que aconteça em casa com a família como também não quero que aconteça na rua com outras pessoas ou os amiguinhos da escola, por isso insisto tanto nesse aspecto, tanto que ontem ele estava ao meu colo e dava-me palmadas no ombro, sem razão aparente, nem sequer estávamos a conversar, mas o meu radar piscou e fez barulhos por todos os poros, olhei para ele com um olhar feroz (se é que sou capaz de fazê-lo) e perguntei-lhe o que estava ele a fazer no meu ombro.

- "São palmadinhas de amor mamã." - Ora tal e qual como ele faz à cadela!

3 comentários:

Maria disse...

"Palmadinhas" de amor também para vocês :)
Ele é que sabe dar a volta ao texto ihihi :))
beijinho

Ácido Cloridrix HCL disse...

Olá!!! Qual a origem do teu “nick” e os mistérios que estão por trás dele??? Diz-nos tudo em http://sexohumorprazer.blogspot.com/ , por curiosidade ou simples “cusquice” gostaríamos de sabe-lo!!! Agradecido antecipadamente pela colaboração, HCL

Gata2000 disse...

WAI - Ele já tem a "escola" toda!