quarta-feira, 17 de dezembro de 2008



O meu bébé (perdão amor, rapazinho) não pára de me surpreender. Em cada dia que passa ele está mais crescido, mais pesado, mais esperto e inteligente.
É rápido no racíocinio, de resposta pronta mas sempre, sempre de sorriso nos lábios.
Nem muda a disposição caso esteja mais em baixo porque a ocasional gripe o afectou. Ontem perguntei-lhe se lhe doia a garganta ou lhe custava respirar, ele disse: "Não" com um ar muito douto, como se fosse impossível isso acontecer-lhe a ele, no entanto, a verdade é que ele mal respira pelo nariz que está entupido e atulhado de ranhoca, tosse de 5 em 5 minutos.
Há uns dias cometi o ERRO de o adormecer na minha cama, comigo, e de levá-lo posteriormente para o coi dele, ele acordou em grande sobressalto, chorando desalmadamente a dizer: "O papá, a mamã, a puska". O mundo dele desabou quando se viu sozinho sem aqueles que mais amava, ora aqui a mamã coração mole, foi buscá-lo coitadinho do menino, petété, pátátá. Ele acabou por dormir enroscado no meu colo, que diga-se é uma coisa maravilhosa, não fossem os pezinhos espetados ora nos rins, ora no fígado e acho que até o apêndice se ressentiu.
Pois agora todos os dias acorda invariávelmente às 4 da manhã a fazer a mesma fita. O manhoso deve ter apanhado os meus genes de manipulação, porque parece que já leu o "Principe" do Sr Maquiavel de fio a pavio, sabe que me corta o coração ouvi-lo chorar, soluçar e não deixar dormir o predio inteiro, à excepção do pai que dorme o sono dos justos, mesmo enquanto o sacana do miudo berra das 4 às 6 da manhã, acordando fresco e fofo para mais um dia de trabalho, enquanto que aqui a mula está de olheiras e papos, e claro de mau humor.
Mas está decidido, o sr. Alexandre não vai mais fazer chorar as pedras da calçada da mãe porque esta comprou uns tampões para os ouvidos. Vais dormir na tua cama menino, acabaram-se os miminhos tardios, as festinhas para fazer óó, e não vou voltar a cair na tua cantiga: "eu quero dormir contigo"; "eu quero fazer óó na caminha da mãmã"; "eu quero ir para a tua cama, só um bocadinho".
Ora que já a formiga tem catarro, não querem lá ver.
PS: Nesta guerra, aceitam-se apostas sobre quem cede primeiro, eu ou ele!

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