segunda-feira, 29 de setembro de 2008

As primeiras paixões




Nos finais de Outubro de 2007 o bebé descobriu uma manha, fazia cara feia quando chegava à escolinha, devia ser para tentar imputar um sentimento de culpa nos papás, mas depois ficava tão contente com as canções, histórias e brincadeiras que lhe ensinavam durante o dia que acabava por se esquecer das caretas.
Foi por essa altura que aprendeu a mostrar onde ficava a cabeça, e sabia localizar tudo: olhos, dentes, boca, nariz, orelhas, cabeça e cabelo. Aprendeu também onde estavam os braços, as pernas, os pés e as mãos e até as unhas!!!
Foi com facilidade que disse “pé” e que cantou “O Balão do João”, a sua música favorita, daí até cantar “Olha a Bola Manel”, “Atirei o Pau ao Gato”, “Come a Papa, Alexandre”, foi um instante.
Intrigante como as crianças desde tão pequenas nos conseguem demonstrar as suas preferências, o Alexandre não liga à televisão, mas os seus cromossomas estão certamente bem definidos, quando aparece um jogo de futebol, ele pára e olha para o ecrã, o mesmo se passando com anúncios a automóveis, não sabemos se as cores e os movimentos o fascinam, mas é a m ais pura das verdades.
Diria também que tem uma particular preferência por louras, pois desde que aos 9 meses no centro comercial, estando ao colo do pai rodou sobre si mesmo para acompanhar os movimentos de uma senhora de longos cabelos louros, nada mais nos surpreende relativamente a meninas, nem quando deu o seu primeiro beijo na boca à vizinha do lado a Martinha, nem quando o fez também no aniversário da Nõnô, ou quando as tias me disseram que encostava a cabeça no colo da Bá – uma coleguinha da sala dos mais velhos – e que esta lhe fazia festas na cabeça e lhe dava beijinhos na testa.
Por outro lado havia mais uns beijinhos que ele não dispensava, os da Puska, de vez em quando dizia "Puska, deixa o menino", ou imitando a mãe "Sai Puska" abanando a mão num gesto brusco para intimidar a pobre da cadela, mas em outras alturas assim que chegava a casa dizia "Dá beijinhos ao menino Puska", rindo-se muito depois de ser lambido, altura em que o papa e a mama diziam "Lá está ela a lavar-lhe as amigdalas". A cumplicidade entre ambos foi em crescendo, e o Xani não consegue ver-se sem a Puska e esta fica tristissima sem o seu menino.

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