terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Flauta Magica

Há dois casais que se formam na ópera, Papageno-Papagena, simbolizando o lado comum da humanidade, e Tamino-Pamina, simbolizando o iniciado. O contexto é uma luta entre a Rainha da Noite, que ambiciona o poder, e Sarastro, o grande sacerdote que só pratica o bem. Para Sarastro trabalha, porém, o mouro Monostatos, que tenta seduzir Pamina e se alia à Rainha da Noite.
A obra começa com Tamino perdido na floresta, onde encontra Papageno, um homem alegre que aprecia os prazeres da vida e trabalha para a Rainha da Noite. Deste encontro Tamino fica sabendo que Pamina, filha da Rainha da Noite, foi sequestrada por Sarastro e, apaixonado pela sua beleza, decide resgatá-la.
Na sequência, ambos passam por várias provas antes de poderem se encontrar. Papageno também passa por um tipo de prova antes de encontrar Papagena, e este contraponto cómico do homem comum que se comporta de modo diferente do príncipe diante das adversidades, é o lado cômico que faz esta ópera tão popular.
Esta obra está repleta de simbolismo maçônico. É possível encontrar muitas semelhanças com a Suíte Peer Gynt nº 1 de Edvard Grieg. No livro "A filha da noite", a escritora Marion Zimmer Bradley reconta em prosa esta história, em que os apaixonados lutam contra as forças do mal e a Rainha da Noite, Mãe de Pamina, para se purificarem e alcançarem a sabedoria juntos.

O príncipe Tamino entra num bosque para fugir da perseguição de uma serpente monstruosa. Cai de cansaço e é salvo por três damas da Rainha da Noite. As mulheres ficam maravilhadas com a sua beleza e correm a dar a novidade à sua senhora, a Rainha da Noite. Então, entra em cena Papageno que se dedica a caçar pássaros para a rainha. Ele mente, dizendo que matou a serpente. As damas ao voltarem castigaram o mentiroso colocando na boca um espécie de cadeado.
As damas mostram um retrato da filha da Rainha da Noite. Tamino, ao vê-la, fica apaixonado. Depois da ária de Tamino onde ele diz que se apaixonou por Pamina, as 3 damas voltam apresentando-lhe a Rainha da Noite que, comovida pelas palavras de amor do príncipe, conta-lhe a história da sua filha: ela foi sequestrada por Sarastro, rei e sacerdote de Isis, e se ele a resgatar obterá a sua mão. Tamino aceita o desafio. Em troca, as três damas dão-lhe, oferta da rainha, uma flauta mágica em ouro, que é capaz de mudar o estado de espírito dos seres vivos que a escutem, e a Papageno um carrilhão mágico por querer acompanhar o príncipe. Pamina está numa sala guardada por Monostatos, escravo mouro do palácio de Sarastro que tenta seduzi-la. Nesse momento, chega Papageno e, ao vê-lo, o escravo sai a gritar com medo do seu aspecto.
O caçador de pássaros diz à jovem que a vem resgatar. Tamino e Papageno dirigem-se para um bosque sagrado, guiados pelos três gênios de que lhe falaram as três damas. Nele encontrarão três templos: o da Razão, o da Natureza e o da Sabedoria. Ao tentar entrar neles, o orador no templo da Sabedoria informa que Sarastro governa nos três. Tamino, preocupado com Pamina, tocará a flauta. O som atrai as feras do bosque, que ficam mansas, Pamina e Papageno. Monostatos, que os seguiu, decide capturá-los. Papageno tocará o carrilhão para poder escapar. Aparece Sarastro e Pamina diz-lhe que a sua tristeza se deve ao assédio de Monostatos, razão pela qual este será castigado por Sarastro. O rei pede que Tamino e o seu acompanhante sejam preparados para ser iniciados nos mistérios da sabedoria.

Num bosque de palmeiras, Tamino e Papageno reúnem-se para serem iniciados pelos sacerdotes na presença do rei. Uma das provas a que ambos são submetidos é a de guardar silêncio. Ao templo, pela noite, chegam as três damas e dizem-lhes na cara estar ali como acólitos mas não recebem nenhuma resposta. Pamina está num jardim. Aparece a Rainha da Noite, informando-a que o seu amado se aliou com o inimigo. A jovem apercebe-se que o verdadeiro coração da sua mãe destila maldade e ódio. Esta dá um punhal à filha, exigindo-lhe que mate Sarastro sob pena de ser rechaçada para sempre por ela. Pamina fica horrorizada. Nesse momento, aparece Monostatos que ouviu toda a conversa e tenta fazer chantagem. Não obstante, o diálogo também tinha sido escutado pelo rei que manda prender o escravo e pede a Pamina paciência e compreensão, tranquilizando-a. Tamino e Papageno entram no templo, calados. Aparecem os três génios que lhes dão a flauta e o carrilhão e pedem-lhes que sigam em silêncio. Ao tocar a flauta aparece Pamina que, ao não obter nenhum tipo de resposta, se crê despachada e deixa-se dominar pela dor. Os sacerdotes conduzem os iniciados ao interior do templo onde ambos decidem seguir em frente com a sua iniciação. Papageno está no jardim. Aparece uma anciã que pede para casar-se com ele. Este, com medo de ficar só, aceita. Nesse momento, a anciã transforma-se numa linda jovem: Papagena. Entretanto, o sacerdote do templo tira-lha, porque primeiro terá de merecê-la. Pamina está à beira da loucura e a ponto de se suicidar com o punhal que lhe deu a mãe. Os três gênios intervêm e convencem-na a não o fazer e procurar o seu amado. Quando o encontra, ele está a preparar-se para as provas de fogo e água que terá de concluir. Pamina, loucamente enamorada, pede permissão para acompanhá-lo nas provas. Ambos conseguem e são admitidos no templo da Sabedoria. Papageno está desesperado, perdeu a sua amada e teme ficar sozinho. Quando está determinado a suicidar-se, aparecem os três génios e aconselham-no a usar o carrilhão. Ele fá-lo e surge Papagena. Ambos declaram o seu amor. A Rainha da Noite, que se juntou a Monostatos, tenta dar o golpe definitivo contra os sacerdotes. Serão vencidos no último momento e lançados à noite eterna (Quinteto: Nur stille stille) O coro entoa louvores a Ísis e dando glória aos iniciados (Pamina e Tamino), também a Osíris. Um belo final, demonstrando na história a beleza da fraternidade que todo Ser Humano deve demonstrar com os seus.

fonte:Wikipedia

Sem comentários: