quarta-feira, 22 de julho de 2009

A origem dos nomes


Alexandra/e – Dos termos gregos “alexein” e “andros”, respectivamente, proteger e homem, ou seja, defensor do homem. O ar sonhador de Alexandra esconde um espírito tenaz, lutador e mesmo conspirador. Na prática impõe-se pela oposição e exprimindo a sua diferença. Propensa a crises existenciais, sai destas fases mais forte e determinada. Alexandre é um líder nato, cuja maior preocupação é melhorar a vida dos demais, desempenhando um papel preponderante a favor do progresso. Mistura bem conseguida de doçura e determinação, o seu segredo reside na sua toral disponibilidade. A filantropia assenta-lhe como uma luva.
Alexandre é decidido e muito teimoso, não pensando duas vezes em arriscar-se para obter o que deseja. O facto de ser detentor de uma inteligência muito aguda poupa-lhe esforços para subir na vida, mas raramente enriquece, mesmo apesar de ser uma pessoa económica

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Covasos, é lindo!

Sempre que dou banho ao Alexandre costumo dizer-lhe: "Levanta os braços para lavar os sovacos."
A minha mãe não aprecia a palavra "sovacos", acha feio, prefere axilas então agora que estão de férias juntos quem lhe dá banho é naturalmente ela.
Um destes dias disse-lhe para levantar os braços para lhe poder lavar as axilas, ao que ele respondeu prontamente que a mãmã não lhe chama isso, chama-lhe "COVASOS"
Ontem, no carro, a minha mãe para que eu pudesse ouvir os "COVASOS" disse-lhe que no banho levantava os braços para lavar o quê? Ao que ele respondeu o esperado,e eu ri-me com gosto até às lágrimas. Mas contnuei a rir até quase perder o fôlego quando depois de a minha mãe lhe dizer: "Isso é feio, axilas é mais bonito", ele ficou irritado, franziu o sobrolho - careta muito própria dele, desde o dia em que nasceu - e disse-lhe: "Não, covasos é lindo, essa coisa que tu disseste é que é feia!"


Ao fim da tarde, quando nos viemos embora, aproximei-me dele, abracei-lhe o corpinho, dei beijinhos para carregar baterias para uma semana e disse-lhe baixinho: "o papá e a mamã têm de ir embora, trabalhar."
Eu pensei que ele fosse estrebuchar, já estava preparada para o consolar, de discurso estudado e tudo, quando para meu espanto ele me diz:
- "Mas eu fico de férias, não fico?"

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Roda, roda!

Num destes dias fui dar com ele de banquinho em punho a caminho da máquina de lavar roupa, sentou-se no banco e ficou a ver os chinelos a serem lavados.
O barulho e o efeito visual da água e da espuma fizeram as suas delicias durante uns bons 20 minutos!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Macaco de imitação


Desde que descobriu o Madagáscar filme, não quer ver outra coisa, a custo lá o conseguimos interessar pelo Yakari, ou pelo Leão de Oz, enfim uma panóplia de filmes para crianças que ele se entretém, mas por pouco tempo, que sou apologista de brincadeira e não de televisão

Mas adora animais, e como tal a zebra Marty, o hipopótamo gloria, a girafa Melman e o leão Alex fazem as suas delícias e consegue mesmo reproduzir, na conversa corrente os diálogos entre os animais do filme, aplicando-os no momento e na situação certos.

Assim, enquanto comia um delicioso peixinho, revirou os olhos de prazer e disse: "Adorei. Melhor que bife."




(uma frase, naturalmente saída da boca do seu herói, o leão Alex).

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ruina


- Mamã quero uma bolacha.

- Miúdo já comeste bolachas, pêra cozida e pão de leite com manteiga. Tu pareces uma enfardadeira, queres levar-me à ruína?

- Mamã, a ruína é para comer?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

No Jardim Zoologico







Hoje no seu primeiro dia de férias foi com a Bábá e o Vôvô Antonio, passear ao Jardim Zoológico, ver os bichos que tanto o encantam.



Uma senhora chamou-lhe a atenção: "Olha ali os leões."



Ao que ele respondeu, com ar de doutor: "Eu vou-te ensinar, são tigres, não são leões."



E eram mesmo!



sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tenho-me em ti

Tenho-me em ti de cada vez que te olho, o contorno do nariz, o brilho nos olhos e o magnifico sorriso que nos caracteriza aos dois.
De vez em quando olho-te enquanto dormes e a tua serenidade traz-me paz, apazigua-me o espírito. Nunca soube o que procurava até te ter encontrado, agora é-me tão claro.

Tenho-me em ti quando te vejo a andar "de taxi" de um lado para o outro, montado no teu triciclo vermelho em forma de joaninha que me traz à lembrança as corridas no meu próprio triciclo azul imitando uma bicicleta de 4 pernas. A casa da bábá zé era bem mais pequena que aquela onde tu brincas hoje, mas a velocidade com que contornava os obstáculos sem riscar móveis, nem fazer mossa nas paredes é igual à mestria com que te moves entre o teu quarto, o corredor, o hall e a sala, sem tropeçares no vaso gigante que teimosamente deixa tombar as folhas frondosas de uma planta artificial.

Tenho-me em ti quando te penduras em uma qualquer trave que encontras no elevador ou num corrimão displicente, tornando-os imediatamente num espaldar imaginário, que serve para te tonificar os músculos dos braços e esticar, como quando eu ia à padaria do senhor zé, fazer os recados que a babá zé me pedia. A padaria tinha uma grade de cerca de 2 metros de altura, com duas portas de entrada, uma para a zona dos fregueses, outra atrás do balcão onde todos os dias me esperava um sorridente senhor zé. As portas da grade fechavam às 6 da tarde, deixando livre um corredor que desembocava na porta onde por detrás se avizinhava um mundo misterioso para mim, que mais tarde cheguei a visitar e onde se misturavam a farinha, a água, o fermento e o cheiro inconfundível do pão acabado de fazer. A grade terminava numa trave, onde todos os dias o senhor zé me ajudava a pendurar, e baloiçava-me como se estivesse ao sabor do vento num galho de árvore. Hoje a padaria está fechada, dizem que a empresa que a explorava faliu, a rua deixou de cheirar a pão quente e o senhor zé há muito que nos deixou, nunca ninguém utilizou o espaço desde que encerraram a loja.

Pequenas coisas que cruzam gerações, e que me fazem sorrir de cada vez que as vejo em ti, remetendo-me para o meu passado, afinal não tão longínquo quanto parece, numa forma tão especial de nos estreitar.
Como posso eu dizer-te para não andares tão depressa no triciclo, ou para não te pendurares nas traves com que te cruzas, quando bem sei o prazer que me dava fazê-lo, contrariar-te a ti, não será o mesmo que contrariar a minha própria natureza?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Mãe Babada

Hoje posso afirmar sem qualquer sombra de dúvida de que sou uma mãe babada, não que antes não o fosse, mas hoje sinto-me um pouco mais orgulhosa do meu pirralhito.

Depois de me ter sacrificado a tarde de sábado no festival Panda, que para ele foi uma festa, rodeado dos seus dois amigos favoritos: Marta e Rodrigo, e claro o Panda e os seus amigos.
As Winx creio que foram mais apreciadas pelo público adulto masculino do que própriamente pela criançada, com tão pouca roupa e poses, no mínimo sugestivas. A Vila Moleza, não é bem para a idade da meu pirralho, embora ele tenha ficado com a pulga atrás da orelha sobre quem era o senhor vestido de azul que andava ali a saltitar de um lado para o outro. Os irmãos Koala são bastante agradáveis para o Alexandre e naturalmente a banda do Panda foi a eleita, tendo mesmo pedido um Panda miniatura para substituir o seu companheiro de noitadas, o Noddy.

Mas o que realmente me deixa orgulhosa, hoje, é o facto de ele andar a ser "catequizado" há cerca de 3 semanas. Todas as noites lhe dizemos que os crescidos não usam fralda durante a noite, e que se ele tiver vontade pode chamar o papá e a mamã para o levarem à sanita.

Esta noite dormiu sem fralda, a noite inteira pela primeira vez, acordá-mo-lo às 2 da manhã para ainda a dormir se aliviar e por ele acordou às 6 da manhã chamando para voltar à casa de banho e de caminho aproveitar para ir aconchegar-se entre os papas.

Foi a sua primeira noite sem fralda, um grande passo para uma pessoa tão pequenina!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

No automóvel

Enquanto combate o sono porque o adiantado da hora já se faz sentir, costuma ficar mais agitado e bastante mais falador, normalmente diz que não quer ir dormir, até porque ainda é de dia e claro que só dormimos quando cai a noite.
Num desses dias, enquanto abria a boca e esfregava os olhos para fazer desaparecer o João Pestana, confessou-me numa voz doce:"Tenho sono".

Eu respondi que estávamos quase a chegar a casa, e que em breve estaria no conforto da sua cama, deitadinho bem junto do Noddy que lhe sente a falta todo o dia.

Ele aqueceu a voz, tornou-a ainda mais tom de mel do que o normal e disse: "Vou fazer xixi, vestir o pijama e levar o Noddy comigo para a tua cama, BOA?!"

"BOA" ,é uma expressão que tanto eu como o pai costumamos utilizar entre nós, mas que é claramente uma ironia, apreciei com enorme humor o facto de ele conseguir perceber o sarcasmo com que utilizamos a expressão, porque ele sabe bem que não pode dormir na nossa cama, sabe bem que normalmente lhe dizemos que não, mas confesso que nesse dia não fui capaz de lhe negar o mimo, embora tenha ficado a adormecer sozinho, na companhia do Noddy.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Férias

Mais uma semana de férias a adicionar aos feriados de Junho em que descansamos os dois juntinhos, sem interferências de terceiros, nem sequer do pai, com a honrosa excepção da Puska, que não sabe viver sem a nossa presença.

O fim de semana começou bem com a mãe e o pai a festejarem os seus aniversarios, isso é que foi jantar e almoçar fora - que ele adora a ramboia. Ficar acordado até tarde porque os cafés com os amigos não se fizeram esperar, e ainda assim, muito tempo passado sobre a sua hora de dormir e ainda conseguia lançar charme às senhoras da mesa do lado, e dançar ao som da música que se fazia ouvir no bar.

Uma novidade foi o fogo de artificio que insistiu em ver já depois da meia noite, na praia de Oeiras, nas comemorações dos 250 anos do Concelho, e impressionou-se, emocionou-se, dançou e riu, contagiando os que com ele estavam da sua boa disposição.

Desta feita voltámos a Santa Cruz, mas com pai e Puska e tivemos os melhores dia de praia de que tenho lembrança nos ultimos tempos. Aliás posso mesmo afirmar que em Portugal o Xani nem nunca tinha tido praia tão genuinamente boa. Pode brincar na areia sem que esta estivesse sempre a levantar e a bater-lhe no corpo ou a entrar-lhe nos olhos, pode mergulhar na sempre gelida água do oeste, mas desta vez mais apetecivel. Houve mesmo dias em que podiamos ter feito praia até às 9 da noite sem que tivessemos frio, não fosse ele estar a cair de sono por ter saltado a sesta.

No fim de semana já não conseguindo travar as saudades que lhe apertavam o pequeno coração, rumámos ao Algarve para que pudessem brincar os três amigos, Xani, Rodrigo e Martinha. O reencontro foi como se esperava muito efusivo, e não se largaram durante os 3 dias. E agora, que eles continuam lá e ele já está de volta à escola, não vê a hora de poder brincar com eles de novo.